terça-feira, 13 de dezembro de 2011

De frente pro crime

E valendo 19 pontos no abdome, a palavra da noite é:

===> Adenocarcinoma mesotelial bem diferenciado de cólon sigmóide

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Enfim, sós

Campanha de 1919 de combate ao uso do álcool nos Estados Unidos - era um anúncio SÉRIO.

"Lábios que toquem bebida não tocarão os nossos"
Galera, na boa... Olhando bem pra foto, alguém parou de beber ou o efeito foi contrário???



Este post também marca o dia em que eu cedi a insistência da Doutora Tôska, vulgo Marina, e entrei no Facebook. Foi muita pressão...

domingo, 14 de agosto de 2011

Dia dos Pais

Painho e Otávio, novembro de 2006

Eu ainda não tinha me dado conta de ter tão poucas fotos dos dois juntos. Hoje também me ocorreu o fato de não ter nenhuma foto adulta de meu irmão do meio (como assim nenhuma??), quase nenhuma de minhas tias e nenhuma de meus avós maternos. Só a lembrança.




O perigo de ter das pessoas mais recordações do que propriamente convivência é o viés de memória. E como nos engana a tal da memória.



Por um longo tempo, a idéia de "família" me remetia a impressão de algo difícil de assimilar, pesado de carregar e complicado de conviver. Por que? É complicado explicar, até porque eu mesmo ainda não entendi. É complicado explicar que mesmo assim os amo, assim como é complicado entender porque comigo amor sempre se expressou com uma forma de cuidado. Talvez porque seja mais fácil elaborar dessa forma. Talvez porque amor também seja um processo de aprendizagem. Ou talvez porque eu simplesmente seja muito burro pra algumas coisas.

Ou várias delas.

domingo, 31 de julho de 2011

Permanências




























quinta-feira, 23 de junho de 2011

A PAZ

A gente envelhece pra ir descobrindo o quanto ainda conhece pouco de si mesmo.

Os Tibérios Boys Band 
(piada interna)


Eu não sabia de quanta falta eu sentia de noites com cheiro de brasa e doce, com pontos luminosos riscando o céu e explodindo no final, dos olhos e nariz querendo arder pelos pequenos incêndios defronte as casas.

Eu não sabia que sentia falta de noites com Luiz Gonzaga tocando uma música diferente ao mesmo tempo a cada três ou quatro moradias. Tampouco eu tinha noção do estranho e bonito mosaico que é você subir no telhado de casa e ver que toda esta cena se estende para os 4 lados de onde você mora.

Como é que se pode olhar para o relógio, constatar que são mais de 11 da noite e soltar um sorriso pelo canto da boca ao perceber que desde as 18 HORAS o barulho dos fogos no céu se propõe interminável? Nunca imaginei ser possível sentir falta da sensação de fumaça diluída no ar, impregnando toda uma cidade por uma semana inteira, se entranhando em nossas casas, móveis e roupas. E assim, sutilmente, nos lembrando de quem somos.

Que burro! Dá zero nele!
E hoje, após dois anos, eis que de repente estou de volta a uma noite em que cada minuto é isso. E até esse momento, eu simplesmente não percebia nada disso. Tadeu, cara, às vezes você é uma anta! Volte pra terapia!

Mas o que tem a ver essa foto acima, do início de janeiro? É que foi em ocasiões assim que eu fui  admitindo onde realmente não era o meu lugar. Assim, estamos aqui. Olá, estou de volta! Maceió? Não, mas tão perto quanto foi possível. Muito prazer, Juazeiro, tem sido realmente  muito bom conhecê-lo!

Não deu pra reconhecer os meliantes de trás na foto? Eis um novo foco:
"ESTOU NO CELULAAAR, FALANDO DE UM BAAAAR... / BEBI TODAS PRA PODER LIGAAAR..."



Agora, sem filosofia, OLHA QUE LINDO ISSO:
Geraldo Azevedo & Moraes Moreira - Petrolina e Juazeiro




E também hoje, longo dia, Tânia Maria de Almeida Cavalcante completaria 51 anos.
Ela adorava Luiz Gonzaga, Moraes Moreira e festas de São João.
A paz.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A Sagrada Família XIV - Inominável




"- Eu lhe odeio, todas as tias odeiam você!"


Às Bestas, o inferno.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Tamanha necessidade

Tão roto quanto um coração que lateja,
Aos que tem alma, saibam
Ela pesa

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Resta dizer

Todos os dias o sol é o mesmo, mas sob ele mudam todas as coisas.
A mim já disseram, sei, pequenas obsessões carrego nos dentes. E o que vejo são necessidades imediatas, irremovíveis e pétreas,  em natureza de brasa viva, como vontade de andar à noite, chegar à orla, com os pés cavar-me na areia e de braços em haste, esperar o rugido do vento que corta. Por descuido ou caso pensado, salgar a boca e sentir o cheiro de sargaço e maresia, de bichos e homens, da festa que foi o dia e do sol que ali demorava. No lento raiar de minutos, deixar a salina cobrir as lentes e voltar a rota com a maré na pele, como se nesta presente casca se pusesse uma segunda tez.

domingo, 17 de abril de 2011

Urbanismos VI

São Paulo, cruzamento da Pedro de Toledo com a Machado Bittencourt, cerca de 23h.

Uma esquina.
Amarrado a um poste, um reboque.
E ao lado, guardando o equipamento, um ser humano. A foto foi um impulso inevitável.

Tem coisas que só o capital faz por você!

"O trabalho enobrece e qualifica o cidadão", já dizia minha professora de Educação Moral e Cívica na quarta série (vulgo E.M.C.). Simples assim. Minha geração cresceu nutrida pela grossa fatia ideológica servida pela escola, pela mídia, pela igreja e pelos pais, estes tão vítimas da alienação quanto nós.

Esta frase também era estrofe de uma música contida um um antigo LP da Patotinha, um grupo musical infantil do início dos anos 80, ícone das crianças da minha geração numa época pré-Xuxa, Angélica e genéricas afins. Eu, meu irmão do meio e até minha mãe adorávamos esse vinil:

"Todo dia de manhã bem cedinho/

O papai sai pra trabalhar/

Que orgulho eu sinto do meu papaizinho/

Que não deixa para nós nada faltar/

Ele sempre diz pra gente que o trabalho/

Enobrece qualifica o cidadão./

Quem trabalha, ou estuda/

Só ajuda no progresso da nação..."
(Salve o trabalhador/Arthur Moreira)

Naquela época, com sete anos e a pecha de ler indistintamente tudo que me aparecia, eu acreditava na minha vaga noção de democracia, estado e igualdade de direitos. Acreditava, sem perceber as contradições, que a meta final do sistema educacional era o trabalho, e que o trabalho, tal qual uma mágica força viva, se imporia como um pilares centrais da vida de todos os homens. Os valores positivistas da sociedade patriarcal judáico-cristã nos eram entregues de bandeja, sem questionamento e com o melhor dos sorrisos, como bons soldadinhos, focando a formação da boa e dócil mão-de-obra que azeita as engrenagens do sistema e se borra toda pela manutenção da ordem. Enfim, dentro do capital, felicidade é um estado de ignorância. Mas como dizia um ex-preceptor e bom amigo , as pessoas mais felizes são as que melhor escolhem as suas ilusões.

Procura-se um vinil
Lembrar da Patotinha me rendeu alguns minutos de boas lembranças enterradas. Qualquer dia ainda vão sintetizar isso em laboratório, colocar em pílulas e vender a algum preço inacessível. E após a digestão de nossas memórias, o sistema arrotará em nossas caras que até nossa nostalgia pode ser reduzida ao fetiche da mercadoria.

Propaganda ideológica para crianças é uma das faces mais pavorosas do capital; tudo pode ser maquiado como lúdico quando ainda nos falta crítica e compreensão. Mas se você nunca ouviu falar em E.M.C. ou sequer em O.S.P.B. (Organização Social e Política do Brasil, cof-cof-cof...), muito menos vai lembrar da Patotinha. Procurei a música pra postar aqui, achei que escapava à memória do Google... mas por incrível que pareça, estava lá. Segue no fim do post.

E pensar que esse carretel de pensamentos começou com um senhor dormindo no chão em uma esquina. Será que eu tenho que procurar o que fazer ou já estou fazendo? Melhor parar de fazer pergunta difícil...



E aqui, pra saudosistas e curiosos, o álbum completo: http://www.sendspace.com/file/8c870y

domingo, 10 de abril de 2011

Memorário II




Confesso que em poucos dias, os dias vão mudar.




...e eu quase lamento de tão pouca saudade.



É... não tão pouca assim
:)

domingo, 27 de março de 2011

Memorário



Declaro minha vasta incompetência social, minhas vontades estranhas, meus medos vitais e minha total desorientação espacial que me faz ver o novo em lugares que já passei.

Tadeu Brandão



A imagem veio do blog do Tsering!  Que ele não me processe por uso não autorizado, mas a foto é linda.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Sinal dos tempos

Traz o uísque!


Cara... GRANIZO em São Paulo?? É sério que por aqui tem isso? E hoje foi na cidade quase toda! Piração, na hora parece até que tem alguém no céu jogando pedras em você!


Dentro das casas o telhado fica dando estalos, negócio estranho. Aliás, agora vamos mesmo ter que mandar reparar o telhado do quarto do Pinky ou qualquer dia ele acorda coberto com o forro de gesso.
 
A foto veio do site G1.com.br

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Amargo



Não são os sonhos o que existe, o que existe é a realidade. 


E a todas coisas, a todo momento, insiste ela em se sobrepor.