Cada um vive numa realidade como a compreende, e cada um é livre para acreditar que vive num mundo onde ninguém explora ninguém, todo mundo tem acesso ao essencial e tudo vai mudar por decreto, se todos simplesmente aceitarem reproduzir a vida assim como a recebem... "Acredite nos seus sonhos", "tudo é divino, tudo é maravilhoso" e tomara que você encontre o palito premiado... (no dia que eu descobrir que planeta é esse, eu me mudo!)
Fato concreto e que as coisas não "brotam", não surgem por milagre nem se materializam no vácuo, como coisa oculta que esperava a hora de ser revelada, e aquilo que você não constrói, você não vive. Mas por enquanto, do pouco que as coisas mudam, aqui vai ele de novo:
Enfim... sejam felizes!
=========
=========
Só pra constar, a foto veio desse blog.
########################
########################
As coisas são assim:
A gente nasce, a gente cresce,
A gente soluça
A gente aprende a fingir de morto
e esperar,
Porque Deus é bom
E por achar que vai pro céu, a gente acha que é feliz
A gente mente
E se apressa pra dormir a noite
Porque as coisas são assim.
/
Porque as coisas são assim, a gente aprende
Que para a carga se fez o dorso,
Para a labuta, nossos membros
A gente envelhece em cima do muro
E essencialmente, não sabemos
Que não somos como somos
/
Porque as pessoas passam,
A gente aprende a dizer adeus
E aceita como fato, na atmosfera oca da labuta
Estarmos, enfim,
sós.
E aprende, então, a esquecer
Que um dia, ninguém vai lembrar
Que a gente também passou por aqui.
E porque as coisas são assim,
As coisas não são.
/
A gente aprende, ainda, que isso é democracia
A gente aprende que tem valor
E então vai servir a pátria
E a gente corre, porque eles querem
Que a gente ganhe dinheiro
Eles querem
Que você se venda pra Unimed
Eles querem
Que se renda pro Roberto Marinho,
Que vá trabalhar na usina
Nas salas de aula do COC
Na barra da saia do meritíssimo
Ou vá lavar as cuecas, enfim,
Do senador, do deputado, do ministro
Do chefe da repartição
Da boca de outro gargalo!
/
E porque eles querem falar,
Eles querem que você dobre a língua
Que você monte uma ONG
Que vá disputar por dentro
E ajude a trocar o óleo
que corre por dentro da maquina,
Eles querem que você se adeque,
Eles querem que você sirva
/
E todos raspando o tacho
Do fundo do mesmo poço,
Porque as coisas são assim.
E porque assim elas são,
Eles sabem, a favas contadas...
ÀS FAVAS O QUE ELES SABEM!
Feliz Ano Novo! E VAMOS À LUTA!
########################
As coisas são assim:
A gente nasce, a gente cresce,
A gente soluça
A gente aprende a fingir de morto
e esperar,
Porque Deus é bom
E por achar que vai pro céu, a gente acha que é feliz
A gente mente
E se apressa pra dormir a noite
Porque as coisas são assim.
/
Porque as coisas são assim, a gente aprende
Que para a carga se fez o dorso,
Para a labuta, nossos membros
A gente envelhece em cima do muro
E essencialmente, não sabemos
Que não somos como somos
/
Porque as pessoas passam,
A gente aprende a dizer adeus
E aceita como fato, na atmosfera oca da labuta
Estarmos, enfim,
sós.
E aprende, então, a esquecer
Que um dia, ninguém vai lembrar
Que a gente também passou por aqui.
E porque as coisas são assim,
As coisas não são.
/
A gente aprende, ainda, que isso é democracia
A gente aprende que tem valor
E então vai servir a pátria
E a gente corre, porque eles querem
Que a gente ganhe dinheiro
Eles querem
Que você se venda pra Unimed
Eles querem
Que se renda pro Roberto Marinho,
Que vá trabalhar na usina
Nas salas de aula do COC
Na barra da saia do meritíssimo
Ou vá lavar as cuecas, enfim,
Do senador, do deputado, do ministro
Do chefe da repartição
Da boca de outro gargalo!
/
E porque eles querem falar,
Eles querem que você dobre a língua
Que você monte uma ONG
Que vá disputar por dentro
E ajude a trocar o óleo
que corre por dentro da maquina,
Eles querem que você se adeque,
Eles querem que você sirva
/
E todos raspando o tacho
Do fundo do mesmo poço,
Porque as coisas são assim.
E porque assim elas são,
Eles sabem, a favas contadas...
ÀS FAVAS O QUE ELES SABEM!
Feliz Ano Novo! E VAMOS À LUTA!
(Maceio, Dez/2005)
(Tadeu Brandão)
((###ENTREOSDENTES###))
########################
########################